Archive for Maio, 2008

Babak & Shahrzad
Maio 28, 2008

oh, ‘tava a ser injusto em não lhes dedicar um espacinho público equivalente ao privado:

O Babak y a Shahrzad são casados. O Babak nasceu na Alemanha, de pais iranianos, e a Sharhzad emigrou aos 18. Vivem em Karlsruhe (Alemanha), ela acaba arquitectura, ele já acabou, buscam os dois algo para fazer por aqui. E são muito fixes 🙂 Só estive com eles uma vez separados, e foi com a Shahrzad. Basicamente a cultura persa é:comer. Eles ‘tão sempre a cozinhar (e tão bom…), a petiscar, com fome, a fazer compras pa cozinhar, algo assim:P e por isso eu e o Luís (que, apercebi-me agora, somos um dos casais aqui da casa) vimos neles uns belos companheiros de longas horas na cozinha. Entretanto, dúzias de horas volvidas, conversas, risos e confianças, já sabemos, por exemplo, que no Irão todos vivem vidas-duplas! porque tudo é proíbido (porque há uma ditadura disfarçada) (inclusive alcoól) e portanto o pessoal faz tudo ilegalmente e muito pior, claro. Também já sabemos que em Teerão é raro o dia em que não há uma névoa na cidade pela poluição, que eles chamam “Portugal” às laranjas(!), que assoar em público é falta de educação ou que o nosso sinal “fixe/boleia” é o mesmo que mandar ***”!

O Babak (também conhecido como Kebab, Babar, Bobby, Ballack, Babak Obama, enfim, a lista vai crescendo :D) é basicamente: maluco. É uma moca ‘tar com ele e ouvir e ver o riso-que-parece-que-’tá-a-sufocar! ou só ouvi-lo dizer “I KILL YOU!” (porque lhes mostrámos o Ahmed, the dead terrorist!)(pensando bem: http://www.youtube.com/watch?v=ouDRDzqTu0M enjoy:D) ou ouvir o “HUH?” de dúvida dele…:D

A Shahrzad, bom, ’tá-se sempre a rir, às vezes começa a dançar (sentada) persian-style com aqueles tremeliques de ombros que são giros de ver, faz um estalido especial-persa com os dedos que me deixa um bocado estranho-quase-nauseado e também é mais sensível, vai falando de cenas sentimentais e quê:)

E os dois têm granda classe e…assim um bom gosto, de arquitecto! são bué equilibrados, é fixe tê-los por cá, picá-los e fazê-los rir, deixar-me rir com eles 🙂

Ladies & Gentlemen, Babak & Shahrzad:

 


Maio 27, 2008

E foi assim:

começou a chover há duas semanas, entretanto acabaram as aulas, o belgious fechou para obras durante 4 dias e tenho bué que estudar para os meus 2 exames e 5 trabalhos…

e a somar, há as saudades brutais que despedaçam 1 em cada 7 pedalares meus na bicicleta!

bom, e isto para não falar de que acabei de ver os meus 150 episódios de Scrubs…

que fazer, nesta vida de marasmus (ah!que giro!) …vida sem sentido, sem carinhos, sem abraços, sem beijos, sem Scrubs? que Deus me acuda.

 

chaplin
Maio 14, 2008

1940, plena II Guerra Mundial, Chaplin escreve, produz, realiza e encarna “The Great Dictator”. O seu primeiro filme com som…

pelar a sociedade
Maio 11, 2008

sou sempre um paradoxo.

ao mesmo tempo que me sinto mal por tudo criticar, apercebo-me tudo é, de facto, criticável.

ao mesmo tempo que busco a minha verdade, descubro que não há verdade, que tudo é verdade, tudo pode ser a minha. E é tão difícil encontrá-la rodeado desta quantidade de estímulos,de vícios. Filas de discotecas, cerveja, bêbedos, porros, prostitutas, aparência…como encontrar a minha verdade no meio disto?

sinto que para Ser-de-verdade tenho de me afastar de tudo, pelar a sociedade.

aribau 252
Maio 9, 2008

chegar de Olot (Parc Natural Catalunya), preparar a tart’aribau com 8 pessoas na cozinha, comer só delicioso. man..feels good to be home!:)

 

a nossa Catalunya por imagens
Maio 9, 2008

relativo
Maio 2, 2008

«

Filipe saiu do Belgious. São 04h30. A carrer Avignó está no seu caminho. Depois de duas horas na companhia da filicleta e outros, Filipe chega alegremente à Praça da Catulnha. Música nos ouvidos, pedais nos pés, velocidade na cara, adrenalina no desafio. “nunca andei na Pça” pensa Filipe. “POMBOS!!!” e os seus olhos abrem como as das crianças quando provam o gelado!! e claro, Filipe não resiste a perseguir os pombos:D e vai uma volta (a música do seu mundo agora é de Clã, todos gritam!» e vai outra, as pombas largam vôo até ao outro lado da praça como se esperassem que Filipe voltasse. «AHAHAHA :D» é o único pensamento de Filipe. Filipe vai agora tão rápido que quase consegue apanhar as pombas no ar! Filipe sente-se entre elas, Filipe está na linha da frente, está a interagir com o mundo, a viver um pouco! Filipe está a sorrir, a cantar, a rir, a apreciar a maneira como as pombas voam…e há uma senhora, loura, de negro, que estava sentada num dos bancos da praça desde o início, que se levanta e corre para ele, de frente. Filipe abranda, tira os phones, sorri como um tolo, pára a bicicleta ao lado da senhora. é nova, não tem muitos anos. «eres sadico?!» «uh?» «no dejas las palomas vivir! pareces un sadico sonrindo para ellas!» há um certo ódio na sua expressão «pero está mal?» «solo no dicen nada porque no hablan» «pero yo no las como…» pensa/diz Filipe. Ah! a relatividade…não há nada tão relativo! não há nada que não seja relativo..Filipe estava a voar entre as pombas, a voar com elas! a dar-lhes mais importância que qualquer outro (excepto a senhora que larga 2kg de pão esfarelado (onde é que o arranja? será que é dona duma padaria? podiam dar o pão a pessoas!) ) Filipe pensa «que bom seria poder filmar isto para mostrar esta beleza…» Filipe está a considerá-las vivas, a dar-lhes valor, visibilidade, vida…mas não. para ela, Filipe estava só a incomodar a sua pacata vida, Filipe não tinha respeito pelos animais, mais, Filipe era sádico, ria-se delas…

Ah! relatividade, relatividade…

PS: e por favor…são pombas…

filicleta.
Maio 1, 2008

sentir o poder de mim próprio é óptimo.

pegar nela e pedalar as minhas energias, ouvir um ganda som a descer a carrer tuset y a enric granados, desafiar alguns carros ou algumas bicicletas, fazer algumas derrapagens por divertimento e treinar a minha saída pausada da bicicleta na faculdade…descer a balmes y as ramblas, entrar na praça real, passar para a praça george orwell e deixar a bicicleta, andar até o belgious…rotina de prazer? de manhã, à tarde, à noite, no centro, na diagonal, na praia…

 

…a filicleta é qualquer coisa.